Três pontos na raça. É
inegável que sobrou disposição por parte dos cruzeirenses em campo diante do
Coritiba. A promessa era de um jogo aberto, porque Cruzeiro e Coritiba vivem
situações parecidíssimas, tanto na classificação quanto na forma de jogar.
Ambas as equipes vêm crescendo nas últimas rodadas, que é o retrato dos que
estão na parte mais baixa, que jogam ofensivamente para se livrar da zona de
incômodo.
O
primeiro tempo, no geral, foi do Cruzeiro. Soube jogar muito bem com a bola,
criou uma oportunidade clara de gol perdida por Alisson e só sofreu alguns
sustos no fim dos 45 minutos iniciais. Porém, antes disso, deve se destacar o
golaço marcado pelo lateral Ceará. O experiente lateral direito do Cruzeiro,
comprovando a sua boa fase, acertou um “pombo sem asa”, sem chances para o
goleirão Wilson. Aos 43’, Paulo André usou o seu cotovelo a fim de impedir a
passagem de um jogador do Coxa que vinha bem mais rápido no lance. Jogada
violenta é passiva de expulsão. Acertou o árbitro.
Voltando
à segunda etapa, se via um espetáculo nas arquibancadas do Mineirão. A torcida
celeste abraçou a causa e está entendendo a qualidade do elenco, que não é
brilhante(passa longe disso), ajudando os jogadores a conseguir resultados
através da garra. No intervalo, Mano tirou Alano e colocou o estreante da
noite, Douglas Grolli. Consecutivamente, Ceará deu lugar a Fabiano. As
substituições surtiram efeito. Ficou claro que o técnico tirou Alano em vez de
Alisson, porque queria vencer a partida no contra-ataque. E isso aconteceu! Em
jogada iniciada nos pés de Manoel, Willian fez o segundo, ampliando a vantagem.
Sem forças e cansado, Ney Franco viu o seu zagueiro Juninho perder a cabeça e
ser expulso ao agredir Fabiano. Já era tarde demais para tentar uma reação. Com
esta vitória de 2-0, o Cruzeiro colocou três pontos de vantagem sobre o
adversário, ganhou confiança para o confronto contra o Grêmio e se distanciou
um pouco mais do Z-4. Do outro lado, o Coritiba volta à capital paranaense sem os três pontos, mas que poderiam ter outro fim, caso o juiz assinalasse a marca da cal no momento em que Manoel esticou o braço. Interferiu no resultado do jogo, o que infelizmente está ocorrendo desde o início desta edição.
Leonardo Garcia Gimenez"
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