O MUNDO PEDE: NO TE VAYAS, LEO!

segunda-feira, 27 de junho de 2016

          
         Uma. Duas. Três. Três pancadas de uma vez. Em contrapartida, os jornais argentinos clamam pela resistência de Lionel Messi na seleção argentina e preferem exaltar seus heróis. Visivelmente ferido pela decisão que coroou o Chile, Messi preferiu o silêncio. A bola passou por seus pés e falhou. Chora, se emociona, como qualquer um. Os gênios também erram. Quem se esquece do gol antológico marcado pela "pulga" no jogo anterior diante dos Estados Unidos? Se esqueceu, tem memória curta.

          A Argentina está há 23 anos sem ganhar qualquer título de expressão. Messi era uma criança quando viu a seleção principal levantar alguma taça de renome. Tinha 6 anos. Desde então, resolveu vestir de uma vez só o peso e a tradição da albiceleste. Sem dúvidas, a pressão que carrega consigo é algo inimaginável. Sua coragem, bravura e a capacidade de tirar quase todo dia um coelho da cartola lhe oferecem a nota 10. Não tem como ser diferente. O número 10, que há exatamente 3 décadas atrás, pertencia a Maradona, ele vestia a camisa da seleção campeã da Copa do Mundo de 1986.

        A Argentina cai pela terceira vez em sequência, perdendo uma Copa do Mundo e duas Copas Américas. A terceira final era a revanche contra a La Roja. Perderam de novo. Os argentinos agora, revivem dias sombrios, escuros, sem que possam ver uma luz no fim do túnel. E se Messi realmente se aposentar da Seleção? Dá para ser um time competitivo? Muito se fala que entre Argentina e Brasil existe uma semelhança: sem seus maiores craques, o plantel fica mais unido e consegue apresentar melhores desempenhos. Na Argentina, pelo menos nas estatísticas, vai muito bem sem Lionel. O Brasil também, sem Neymar.


        Não acredito que a Argentina tenha amarelado. Perdeu para uma Alemanha muito bem estruturada e para um Chile mais que guerreiro e inteiro até as penalidades. A moral dos azuis e brancos está destruída. Só mesmo Tata Martino pode mudar este cenário. Ganhando ou perdendo, o apelo é geral: No te vayas, Leo!

Leonardo Garcia Gimenez"

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IGUATAMENSE NÃO JOGA, MAS FAZ PARTE DE TIME CAMPEÃO MINEIRO

segunda-feira, 20 de junho de 2016

          Sábado, 18 de Junho de 2016. Final do Campeonato Mineiro de Futebol Americano, o Minas Bowl. Para um grandioso jogo, nada mais agradável do que ver o fantástico Rômulo Mendonça na narração. Em toda a sua história, com seus 50 anos, este sábado será eternizado por ser a primeira vez que o Mineirão viu essa bola oval. Get Eagles e Minas Locomotiva decidiram o troféu no palco mais importante do estado de Minas Gerais. Detalhe: para mais de 8.000 pagantes. Só por aí, já era uma pressão muito grande em cima das equipes.

         O Get Eagles foi fundado em 2012 e se tornou, após sua fundação, a primeira equipe cristã de futebol americano de BH e do Sudeste brasileiro. Seu símbolo é uma águia. Já o tricampeão Minas Locomotiva (venceu o Minas Bowl em 2009, 2011 e 2012, agora em 2016) tem um símbolo bastante sugestivo: um trem. Fundado em 2006, conta com mais de 80 atletas em seu plantel e possui uma forte categoria de base que restringe os jovens com mais de 17 anos. Dentre os mais de 80, um iguatamense joga no tradicionalíssimo campeão do Minas Bowl. O conterrâneo não foi convocado para a grande final, pois um dos jogadores em sua posição faria o seu jogo de despedida. Infelizmente, jogar a final não foi possível, mas a taça foi conquistada.

         Virando o placar de 12x0, o Minas Locomotiva mostrou que está sem freio rumo à Liga Brasileira de Futebol Americano. Venceu por 21x17. A mudança de quaterback incendiou a partida e deu muita força para o Minas. Saíram campeões os "brutamontes" com mais entrega e determinação. O espírito coletivo veio à tona para provar que no esporte nada é irreversível. Com sangue nos olhos e os dentes cerrados, o Get Eagles fracassou na missão de bater o Minas Locomotiva.

        O futebol americano é um esporte que vem crescendo já há alguns anos no país, juntamente com o MMA. Caindo no gosto do público, provavelmente teremos inúmeros confrontos históricos daqui para frente no Mineirão. Desta vez, deu Minas Locomotiva novamente. Parabéns, Luizinho e a todos os integrantes do clube!


Leonardo Garcia Gimenez"

                                                              

                                         
                                                               
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BRASIL E DUNGA CAEM COM MÃOZINHA PERUANA

terça-feira, 14 de junho de 2016


      Agora é oficial: junto com o Brasil, Dunga está demitido da Seleção Brasileira pela CBF. Também está fora o coordenador de seleções, o ex-goleiro Gilmar Rinaldi. A pressão interna foi demais e essencial para a queda do treinador. Somada à desclassificação da Copa América de 2015 para uma equipe mediana, a Seleção Brasileira vive a pior fase de toda a sua história.

      Quando desclassificada no ano passado pelo Paraguai, nos pênaltis, a principal emissora do país, a Rede Globo(detém os direitos da SporTV), declarou-se fielmente contra a permanência do gaúcho no comando técnico. A opinião foi sendo repassada e apoiada rapidamente, e, desde então, o capitão do Tetra não teve sossego para trabalhar. A verdade é que Dunga só treinou um único clube: o Internacional, seu ex-time. E não foi bem. A história da Seleção canarinho prova-se que para assumir este posto tão importante, é necessário ser muito bom e experiente naquilo que faz. Portanto, Dunga jamais fora preparado. Sua escolha se deu à iminente saída de Luís Felipe Scolari, que comandou o Brasil no catastrófico 7x1. Mas ele tomou rédeas de um grupo completamente diferente. Ideia mais que precipitada.

      Dois anos após o início da Copa do Mundo em nosso país, o futebol apresentado não melhorou. Não mesmo. Fomos eliminados pelo fraco Paraguai nas quartas de finais pela segunda vez consecutiva. Sofremos um vexame em Belo Horizonte. Parece-me que o 8 de Julho de 2014 continua rondando por aí. Caso as Eliminatórias para a Copa do Mundo em 2018 terminassem hoje, o Brasil estaria ausente do seleto grupo por sua primeira vez também. Nos últimos 24 meses, só quebramos recordes negativos.

     A população brasileira que acompanha os jogos da Seleção não entende o motivo de estarmos tão mal. Selecionei alguns para explicar tal fase:
·         *O anterior presidente da CBF está preso na Suíça, em razão de um sistema corrupcional;

·         * As convocações têm sempre caras bem novas;

·         *Os que demonstram um bom futebol não voltam a ser convocados;

·         *A Seleção Brasileira tem medo de jogar em casa e voltar a ser vaiada, além de ser administrada por empresários pouco entendedores do futebol;

·         *Os principais jogadores que surgem nas categorias de base são vendidos precocemente para o exterior;

·        * A safra de novos talentos é a pior já vista.


   A preferência da imprensa e do torcedor é Tite há muito tempo. Extremamente qualificado e preparado, o treinador já admitiu que foi procurado e analisaria com cuidado a oferta. Tempos melhores estão por vir? Difícil saber. Só sei que não é hora de inventar muita coisa. O conterrâneo de Dunga seria uma ótima opção para ajeitar a casa. Os resultados vão ter que aparecer, e com um presidente como o Marco Polo Del Nero, é melhor não contar com outra mãozinha peruana...

Leonardo Garcia Gimenez"

                                                  
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RAÇA AZUL É ESSENCIAL NO TRIUNFO CONTRA ATLÉTICO

segunda-feira, 13 de junho de 2016


            3 a 2. Resultado justo pelo bom jogo, pela correria que os dois times apresentaram ao decorrer dos 90 minutos. A entrega, a determinação e a experiência ao segurar a bola lá na frente desestabilizou o esbaforido Atlético. Após muito tempo, o Cruzeiro voltou a marcar três vezes em uma mesma partida. Ao contrário; defesa alvinegra segue falhando e sofrendo muitos gols.

         Vimos duas equipes, de prontidão, identificadas. As estratégias estavam bem definidas: como mandante, o Atlético sufocaria o Cruzeiro; como visitante, o Cruzeiro se arriscou ao escolher o contra-ataque para vencer o clássico. Estádio Independência, terreiro atleticano. O retrospecto nas últimas 3 partidas não era favorável ao Atlético, perdendo duas em casa. Com 7 pontos na tabela, apresentando o atacante Fred à torcida e a possibilidade de chegar ao G-4 eram os motivos para se buscar a vitória. Oscilando, sofrendo muitos gols e marcando poucos, a torcida cruzeirense topou o desafio de encarar o Horto para tentar melhorar o cenário na Toca da Raposa.

            Sem parcialidade, o Cruzeiro foi bem mais objetivo que o Atlético e teve mais chances claras de gol. Élber parou em Victor, mas criava junto com De Arrascaeta a quase cada cinco minutos. O Atlético só buscava a ligação defesa-ataque com vários lançamentos dos zagueiros Léo Silva e Gabriel. Leandro Donizete brigava a segunda bola com Lucas Romero e, quando ganhava, passava para Rafael Carioca armar o jogo. Aí é que está o problema. O Galo carece de um camisa 10 quando Cazares e Dátolo estão fora. Não adianta ter dois goleadores como Robinho e Fred se a bola não chegar dentro da área. Mas o que fez a diferença foi o Atlético ter entrado com três volantes e o Cruzeiro com três atacantes.

           Entrando no âmbito da arbitragem, o juiz não foi bem. Marcou faltas inexistentes e deixou de marcar outras evidentes. Porém, todas as quatro expulsões da partida foram acertadas.

          Mesmo perdendo numericamente, Paulo Bento deu um nó tático cruel em Marcelo Oliveira. Ligeiro depois dos cartões vermelhos, colocou Allano e Fabrício Bruno para fecharem as laterais esquerda e direita, respectivamente. Pôs Bruno Ramires para contra-atacar e segurar a bola no ataque, sem, nem de longe, ser uma de suas potencialidades. Recuado e inteligente, Marcelo não conseguia nada para quebrar o muro azul. Com o tempo passando, o Atlético se desgastava demais e apelava(de novo) para o jogo aéreo. Sem nenhum jogador diferenciado no banco de reservas, o Atlético caiu para o rival, sendo tecnicamente muito superior no papel.


          O velho ditado que "clássico é clássico" prevaleceu. Tudo pode mudar tão naturalmente; o jogo pode não fluir. Admitir riscos pode dar muito certo ou provocar preços muito salgados. Desta vez, o Cruzeiro venceu com justiça. De cara, ampliou para quatro jogos a invencibilidade diante do Atlético. O resultado propiciou o Cruzeiro a sair do Z-4 e empurrar o próprio rival para seu lugar. Marcelo Oliveira chegou a seis jogos sem vencer. Já balança. Assim funciona o futebol no Brasil. Ganhou? Continua! Não tá ganhando? Não ganha pra ver...

Leonardo Garcia Gimenez"

                                           
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GUIADOS PELA DISPLICÊNCIA, HAITI VIVE "DIA DE BRASIL"

quinta-feira, 9 de junho de 2016

         Nesta quarta-feira, a Seleção Haitiana fez história duas vezes. Exemplificando, a primeira se deu ao receber a goleada de 7x1 diante do Brasil. A segunda, marcou pela primeira vez enfrentando os canarinhos. Quem assistiu ao jogo, é de se ressaltar tamanho respeito e importância do Brasil em relação ao pobre país da América do Norte.

        Em 2010, eles vivenciaram o episódio mais triste já registrado por aqui perto. O Haiti sofreu um terremoto de 7 pontos na Escala Richter, e recebeu muita ajuda dos brasileiros que foram enviados ao local. Mesmo assim, passando pela fase de reconstrução, seu povo não perde a esperança e acredita em dias melhores. Quem dera se todas as pessoas aceitassem os problemas desta maneira. O haitiano ensina que lutar é a forma mais sábia de se esmagar o passado. Pôde perceber quem passou ao menos um tempinho em frente à televisão no jogo de ontem. Para repassar uma mensagem positiva e emocionante, Luciano Huck foi o escolhido, pois esteve lá na semana passada e trouxe detalhes na TV aberta.

        8 de Junho de 2016. O dia em que o Brasil "devolveu" o 7x1. Contra a Alemanha? Não. Longe disso. Ficamos frente a frente com um país em que não encara o futebol, nem de longe, como prioridade. Vencemos, mas aprendemos que ficar de cara feia para com os nossos problemas não é e nunca será a solução. Displicente, a Seleção Brasileira fez força para não humilhá-los.


       Percebi algo novo no Brasil: agora renovada, multifacetada, o Brasil começa a jogar bola. Não falo por ontem, porque sua produção ainda é "precária", mas indícios são dados ao crescimento brasileiro. Não sei até onde a Seleção pode chegar, talvez seja campeão(acho difícil). O futebol é uma caixinha de surpresas. Estava com saudade de ver algo novo, como ontem. Futebol e união entre povos pode, sim, mudar uma parte do mundo. Um salve aos haitianos!

Leonardo Garcia Gimenez"

                                       
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QUEM É O MELHOR TREINADOR DO BRASIL?

quarta-feira, 1 de junho de 2016

          Décadas após décadas surgem novos e bons treinadores, além dos já conhecidos de tempos anteriores. Tite, Cuca, Muricy, Marcelo Oliveira, Oswaldo de Oliveira, Levir Culpi e Vanderlei Luxemburgo são técnicos que estão sempre nas manchetes dos clubes em ocasiões de demissões(ser demitido no Brasil neste ramo é mais que recorrente). Porém, desses citados, Vanderlei e Oswaldo(Celso Roth também é um exemplo) não tem o mesmo status e preferência do torcedor como possuíam nos anos 90, 2000.

           Novos nomes surgiram, mas nem todos tiveram êxito. Andrade, ex-jogador e ex-técnico do Flamengo, foi campeão do Brasileiro em 2009 pelo clube do coração. E depois sumiu. Doriva, ex-volante do São Paulo, foi campeão paulista com o bom time do Ituano em 2014. Saiu do clube, passou por Atlético-PR, Vasco, São Paulo, Ponte Preta e agora já balança no cargo no tricolor baiano. Roger Machado, ex-jogador e desde 2015 treinador do Grêmio, é líder parcial do Brasileiro 2016 e foi terceiro colocado ano passado, pegando a barca no meio do ano com o Felipão demitido. Provou que é persistente e muito competente. A bola da vez se chama Fernando Diniz. Mineiro, natural de Patos de Minas, é treinador há sete anos e jamais treinou um clube grande. Foi vice-campeão paulista esse ano com o Audax e agora é treinador da junção Audax-Oeste. Recentemente, Deivid foi mandado embora do Cruzeiro e muito se falou na aposta de Fernando para o comando da Raposa. Não seria arriscado demais?
 A história mostra que sim; às vezes vale a pena.

             Tite, Cuca, Marcelo Oliveira e Levir Culpi estão sempre brigando no topo para levantarem canecos. Muricy é multicampeão, mas seu jejum de Brasileiro já dura 6 anos, quando foi campeão Brasileiro pelo Fluminense. Tite conquistou o Brasileiro em 2015, o Brasileiro em 2011 e o Mundial em 2012. Cuca, por sua vez, possui apenas um título expressivo: a Libertadores de 2013 vencida no Galo. Marcelo Oliveira é três vezes vice da Copa do Brasil e  tem dois Brasileiros no Cruzeiro. Levir Culpi é multicampeão como Muricy. Pouco tempo atrás, derrotou seu rival(comandado por Marcelo) na final da Copa do Brasil. Portanto, os quatro se mantém no mais alto nível possível há muito tempo. (Por mais cômico que seja, nenhum deles já treinou a Seleção Brasileira)


          Para mim, Tite é o melhor treinador do Brasil. O Corinthians foi "obrigado" a vender os melhores jogadores do plantel, e aos poucos, o Corinthians está lá em cima na tabela após quatro rodadas. Para ser ídolo nos rivais Gre-Nal(o maior clássico do Brasil), Tite não pode ser encarado somente como sortudo. É claro que a estrutura corintiana ajuda demais, entretanto o período em que ele passou na Europa para catapultar em seus projetos o fez melhorar. Competente ao extremo, o brasileiro reconhece o seu trabalho e o deseja na Seleção. E concordo. Dunga só treinou o Inter e nem assim foi bem. Mas para você, quem é o melhor treinador do Brasil?

Leonardo Garcia Gimenez"

                                         
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