Uma. Duas. Três. Três
pancadas de uma vez. Em contrapartida, os jornais argentinos clamam pela
resistência de Lionel Messi na seleção argentina e preferem exaltar seus heróis.
Visivelmente ferido pela decisão que coroou o Chile, Messi preferiu o silêncio.
A bola passou por seus pés e falhou. Chora, se emociona, como qualquer um. Os
gênios também erram. Quem se esquece do gol antológico marcado pela "pulga" no
jogo anterior diante dos Estados Unidos? Se esqueceu, tem memória curta.
A Argentina está há 23 anos
sem ganhar qualquer título de expressão. Messi era uma criança quando viu a
seleção principal levantar alguma taça de renome. Tinha 6 anos. Desde então,
resolveu vestir de uma vez só o peso e a tradição da albiceleste. Sem dúvidas,
a pressão que carrega consigo é algo inimaginável. Sua coragem, bravura e a
capacidade de tirar quase todo dia um coelho da cartola lhe oferecem a nota 10.
Não tem como ser diferente. O número 10, que há exatamente 3 décadas atrás,
pertencia a Maradona, ele vestia a camisa da seleção campeã da Copa do Mundo de
1986.
A Argentina cai pela
terceira vez em sequência, perdendo uma Copa do Mundo e duas Copas Américas. A
terceira final era a revanche contra a La Roja. Perderam de novo. Os argentinos
agora, revivem dias sombrios, escuros, sem que possam ver uma luz no fim do
túnel. E se Messi realmente se aposentar da Seleção? Dá para ser um time
competitivo? Muito se fala que entre Argentina e Brasil existe uma semelhança:
sem seus maiores craques, o plantel fica mais unido e consegue apresentar
melhores desempenhos. Na Argentina, pelo menos nas estatísticas, vai muito bem
sem Lionel. O Brasil também, sem Neymar.
Não acredito que a Argentina
tenha amarelado. Perdeu para uma Alemanha muito bem estruturada e para um Chile
mais que guerreiro e inteiro até as penalidades. A moral dos azuis e brancos
está destruída. Só mesmo Tata Martino pode mudar este cenário. Ganhando ou
perdendo, o apelo é geral: No te vayas, Leo!
Leonardo Garcia Gimenez"