RAÇA AZUL É ESSENCIAL NO TRIUNFO CONTRA ATLÉTICO

segunda-feira, 13 de junho de 2016


            3 a 2. Resultado justo pelo bom jogo, pela correria que os dois times apresentaram ao decorrer dos 90 minutos. A entrega, a determinação e a experiência ao segurar a bola lá na frente desestabilizou o esbaforido Atlético. Após muito tempo, o Cruzeiro voltou a marcar três vezes em uma mesma partida. Ao contrário; defesa alvinegra segue falhando e sofrendo muitos gols.

         Vimos duas equipes, de prontidão, identificadas. As estratégias estavam bem definidas: como mandante, o Atlético sufocaria o Cruzeiro; como visitante, o Cruzeiro se arriscou ao escolher o contra-ataque para vencer o clássico. Estádio Independência, terreiro atleticano. O retrospecto nas últimas 3 partidas não era favorável ao Atlético, perdendo duas em casa. Com 7 pontos na tabela, apresentando o atacante Fred à torcida e a possibilidade de chegar ao G-4 eram os motivos para se buscar a vitória. Oscilando, sofrendo muitos gols e marcando poucos, a torcida cruzeirense topou o desafio de encarar o Horto para tentar melhorar o cenário na Toca da Raposa.

            Sem parcialidade, o Cruzeiro foi bem mais objetivo que o Atlético e teve mais chances claras de gol. Élber parou em Victor, mas criava junto com De Arrascaeta a quase cada cinco minutos. O Atlético só buscava a ligação defesa-ataque com vários lançamentos dos zagueiros Léo Silva e Gabriel. Leandro Donizete brigava a segunda bola com Lucas Romero e, quando ganhava, passava para Rafael Carioca armar o jogo. Aí é que está o problema. O Galo carece de um camisa 10 quando Cazares e Dátolo estão fora. Não adianta ter dois goleadores como Robinho e Fred se a bola não chegar dentro da área. Mas o que fez a diferença foi o Atlético ter entrado com três volantes e o Cruzeiro com três atacantes.

           Entrando no âmbito da arbitragem, o juiz não foi bem. Marcou faltas inexistentes e deixou de marcar outras evidentes. Porém, todas as quatro expulsões da partida foram acertadas.

          Mesmo perdendo numericamente, Paulo Bento deu um nó tático cruel em Marcelo Oliveira. Ligeiro depois dos cartões vermelhos, colocou Allano e Fabrício Bruno para fecharem as laterais esquerda e direita, respectivamente. Pôs Bruno Ramires para contra-atacar e segurar a bola no ataque, sem, nem de longe, ser uma de suas potencialidades. Recuado e inteligente, Marcelo não conseguia nada para quebrar o muro azul. Com o tempo passando, o Atlético se desgastava demais e apelava(de novo) para o jogo aéreo. Sem nenhum jogador diferenciado no banco de reservas, o Atlético caiu para o rival, sendo tecnicamente muito superior no papel.


          O velho ditado que "clássico é clássico" prevaleceu. Tudo pode mudar tão naturalmente; o jogo pode não fluir. Admitir riscos pode dar muito certo ou provocar preços muito salgados. Desta vez, o Cruzeiro venceu com justiça. De cara, ampliou para quatro jogos a invencibilidade diante do Atlético. O resultado propiciou o Cruzeiro a sair do Z-4 e empurrar o próprio rival para seu lugar. Marcelo Oliveira chegou a seis jogos sem vencer. Já balança. Assim funciona o futebol no Brasil. Ganhou? Continua! Não tá ganhando? Não ganha pra ver...

Leonardo Garcia Gimenez"

                                           

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