Fim do jejum. Após oito
anos, outro brasileiro representará o nosso país disputando o troféu de melhor
jogador do Mundo da FIFA. Estou falando de Neymar. O menino crescido e lapidado
nos arredores da Vila Belmiro é o atual artilheiro da Liga Espanhola, a BBVA.
Para isso, não existe uma preparaçãozinha daqui ou dali. É inegável que o
melhor jogador da Seleção Brasileira cresceu muito como jogador desde o início
de sua carreira (se é que posso dizer assim, já que ele tem 23 anos). Neymar concorrerá
no evento Fifa Ballon D’or “somente” com seu companheiro de clube Messi e o
maior jogador português da história, Cristiano Ronaldo.
Com uma Champions League,
uma Copa do Rei, um Campeonato Espanhol e uma Supercopa da Espanha na bagagem pelo
Barcelona, é indiscutível o desenvolvimento do brasileiro em comparação a
quando chegou em terras da Catalunha. Sua confiança e autenticidade ao realizar
jogadas belíssimas, acaba fazendo com que o torcedor se encante por seu futebol
e o compare com o ídolo da torcida, Ronaldinho Gaúcho. O tempo está melhorando
ainda mais a qualidade de seus passes, suas finalizações (tanto é que Neymar
tem uma média superior de chances transformadas em gol que Messi e CR7) e tem
adquirido muita experiência. Na semana passada, a joia brasileira anotou seu
terceiro gol no clássico contra o Real Madrid e na partida de sábado, 28,
marcou mais duas vezes.
É muito merecida a indicação.
Bem provável que o argentino Lionel Messi saia com sua quinta bola de ouro;
mesmo que os três finalistas tenham terminado a competição com a quantidade de
gols empatada. A decisão de melhor jogador do mundo é bastante influenciada
pelo título da UEFA Champions League. Como o Barça foi o campeão, Messi tem
mais chance. Porém, se analisarmos a temporada passada de Neymar, ele merece
vencer. Messi e Cristiano devem ficar na frente por serem gênios e por terem
nascidos para competir juntos. Em 2015, temos uma terceira força do esporte
despontando para se não agora, ser o melhor do planeta futuramente. O Santos
ganha dinheiro com o nome de Neymar, e por isso, insistentemente peço aos
clubes que apoiem as categorias de base, o que aconteceu com Lionel no
Barcelona. O futebol brasileiro ganha um pouco de fôlego. Na minha opinião, não
dá para Neymar vencer agora. Mas, para você: dá para encarar?
Leonardo
Garcia Gimenez”