UM HERÓI MUNDIAL CHAMADO VANDERLEI

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

      Há exatos 12 anos e dois dias, o mundo conhecia um personagem até então famoso só no Brasil: Vanderlei Cordeiro de Lima. O paranaense de Cruzeiro do Oeste, que por tantas vezes vestiu a camisa do Cruzeiro, representava sua pátria em uma longa e exaustiva maratona em uma Olimpíada. Grécia, 2004. Ali, se iniciava uma das mais fantásticas passagens de um exímio atleta.

      Vanderlei vencia a maratona até o quilômetro de número 36 quando um ex-padre irlandês de nome Cornelius Horan também resolveu fazer história. Avançou rumo à pista e segurou bravamente o brasileiro. Desesperado, Vanderlei contou com a ajuda do grego Polyvios Kossivas, mero espectador, para dar fim à corrida. Vanderlei Cordeiro de Lima foi ultrapassado por dois competidores e terminou em terceiro; conquistou um bronze que possivelmente valeria ouro. Já desgastado fisicamente, o brazuca teve que recuperar também seu emocional. Espelho de um povo tão sofrido e batalhador, ele nos honrou com muita garra.

      O mundo assistiu a prova. Portanto, o evento de maior cunho esportivo que existe permitiu a fama a Vanderlei. Se ele queria ser famoso? Ele já disse em entrevistas que sim, mas queria ser através da medalha de ouro. Indubitavelmente, Vanderlei está entre os 5 maiores desportistas do Brasil. Sua entrega incomum foi reconhecida pelo COI(Comitê Olímpico Internacional) com a medalha Pierre de Coubertin. É uma honraria-esportiva humanitária a atletas com casos tão bonitos como esse. No mundo, só foram entregues 17 até hoje. Assim, podemos ter noção do quão grandioso foi Vanderlei Cordeiro de Lima. Nada mais justo que ele ter acendido a pira olímpica nos Jogos Rio 2016.

     Vanderlei, obrigado por tudo! O Brasil precisa de mais atletas como você. Me faltam palavras para te descrever. De um brasileiro cheio de orgulho, Leonardo Garcia Gimenez.


Leonardo Garcia Gimenez"

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VITÓRIA BRASILEIRA PROMOVE RESSURGIMENTO DO FUTEBOL CANARINHO

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

        Mais de um século na fila, mas finalmente o ouro chegou. 20 de Agosto de 2016 será eternizado como a primeira conquista após tantas batalhas e fracassos acompanhados ao choro e a decepção de uma nação acostumada a vencer tudo o que disputa. Nadando contra a corrente, em um período totalmente incomum na história do futebol masculino brasileiro, o Brasil voltou a sentir o gostinho de ser o campeão. Retratado em um só público no palco mais importante do mundo, junto ao Wembley, os vários rostos frutos de uma miscigenação profunda no território sorriam bravamente. Salve lindo o perdão da esperança, Brasil!

    O fatídico 7x1 acarretou dias sombrios. Dois anos completos de maus resultados, de cobranças, de dinheiro jogado no lixo. Por essas bandas, passaram milhares de jogadores bons de bola. Pelé, Garrincha, Sócrates, Zico, Júnior, Ronaldo, Roberto Carlos, Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Rivaldo, Bebeto, Romário, Gilberto Silva e tantos outros. O que todos eles têm em comum? Nenhum teve o prazer de ser campeão olímpico. E, talvez, o único herói dos últimos 7 ou 8 anos do Brasil, Neymar, não titubeou e deu o título ao Brasil! O primeiro ouro olímpico para o nosso futebol. Aquele ouro que faltava para a coleção e riquíssima sala de troféus da nossa Seleção. Agora, o Brasil é detentor de todas as possíveis taças do século XXI.

    Nada melhor do que comemorar tão grandioso feito em casa. No Rio de Janeiro, cenário mais bonito do Brasil, que revela ótimos jogadores para o hoje, inflacionado mercado futebolístico. Não se faz ideia do quão difícil é ganhar um ouro no futebol. Inusitado seria a palavra adequada para ilustrar tão longa espera por um título, se tratando de um pentacampeão mundial. Foram dois anos de gozações. Agosto, o mês das vocações, trouxe o alívio de mais de 200 milhões de canarinhos. O nosso futebol respira. Pelo menos por um tempinho.

     A cobrança foi desumana. Depois do triunfo diante da Dinamarca, o Brasil voltou a ser Brasil: do futebol bonito, moderno, envolvente e de muitos gols. Jogou como campeão. Rebateu as críticas da melhor maneira possível. E é assim que tem que ser. O brasileiro já se sentia ofendido e incontrolável com a decadência de um dos maiores patrimônios do povo. CBF, trate-nos com maior dignidade!
O espírito olímpico fez muito bem ao povo e ao nosso país. Brasil, um gigante do esporte! Parabéns a todos os envolvidos na campanha brasileira, principalmente a defesa que tomou um golzinho durante este percurso. Voltamos a ocupar o posto que sempre foi nosso, que é lá na frente. Para frente, Brasil! Salve à Seleção.


Leonardo Garcia Gimenez"

                             
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O SALTO QUE RENDEU OURO

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

       22 anos de pura humildade. Natural do interior paulista, mais precisamente de Marília, Thiago Braz viu a fama surgir do horizonte após saltar incríveis seis metros e três centímetros. Pouquíssimas pessoas o conheciam, ao passo que o atletismo no Brasil, de forma geral, não é valorizado. Antes e depois das apresentações, se portou como um verdadeiro campeão e detentor de um fantástico espírito olímpico/esportivo.

       Thiago Braz, ainda criança, foi abandonado pela mãe. Sendo assim, tudo o que aprendeu é fruto da criação dos avós. De renda média para baixa, sempre procurou ao máximo crescer no esporte. Inusitadamente, Thiago gostava de jogar basquete. Aos poucos, com a influência do professor de Educação Física de sua escola, deixou as quadras para saltar. Seus resultados foram cada vez mais surpreendentes e o jovem prodígio começou a dar trabalho para os já experientes na categoria quando foi incluído no conglomerado de atletas do atletismo brasileiro.

      Uma curiosidade é que Thiago Braz tem uma vantagem em relação à maioria de seus companheiros de esporte no Brasil. Thiago Braz reside na Itália, em Formia. Desconhecido no Brasil, é reconhecido na Europa como um dos mais talentosos. É treinado por um dos maiores treinadores do mundo na modalidade: Vitaly Petrov. O ucraniano é treinador de nada mais nada menos que Yelena Isinbayeva, a russa multicampeã do salto com vara. Se não a conhece, é a atual recordista mundial da modalidade no feminino com 5,06m. Braz tem uma excelente estrutura à disposição para treinar e obter bons resultados.

      Em 2014, fruto de muita determinação no ofício, lesionou o punho esquerdo. Passou por procedimentos cirúrgicos e sua confiança voltou de forma lenta e gradual. Dois anos depois, enfim, o mundo conhece o recordista olímpico da prova. Deixou a prata para o falastrão francês Renaud Lavillenie, que o tinha como ídolo. Certamente, não o tem mais. Se sobressair fazendo parte de um projeto tão limitado e restrito como é o atletismo brasileiro, é de saudar de pé tão bom menino! Thiago, o Brasil se orgulha de você! Parabéns!


Leonardo Garcia Gimenez"

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O ADEUS DE UMA LENDA

sábado, 13 de agosto de 2016

         Não se vá, Michael. Os Jogos Olímpicos nunca mais serão os mesmos sem você. O que dizer do maior medalhista olímpico de todos os tempos? O que dizer de alguém que quebra um recorde de Leônidas de Rodes, até então o maior campeão individual das Olimpíadas, entre 164 e 152 a.C? Você não é desse mundo. É um alienígena! Mais de 20 medalhas de ouro e suas reações pós e antes das conquistas se repetem. Se portava como um garoto de 20 anos ansioso para vencer algo que parecia impossível.

      Sim, você é uma lenda! Um mito do esporte. Quantas saudades sentiremos! 13 de Agosto de 2016. 4 anos após dizer que em Londres se aposentava, literalmente esse tempo chegou. Infelizmente. Queria poder voltar no tempo e poder apreciar ainda mais suas vitórias. Phelps, o homem das águas. Parece surreal não ter sua presença nas piscinas a partir de amanhã. É sim um baque muito grande. O mundo necessita de um fôlego como o seu para seguir em frente. O tempo ainda não é capaz de superar tão monstruosa perda de um personagem único e inesquecível.

        De tão pertinho, vejo suas últimas braçadas. No meu país, um dos maiores desportistas que existem diz adeus. Nunca é fácil dizer "adeus", mas esse é mais doloroso. Carismático, humilde e muito mais que um nadador. Dá pra ver claramente em seus olhos que nada por amor e por prazer. Carente de heróis no esporte, você nos proporcionou por tanto tempo alegria no rosto e pouquíssimas decepções. Chegou a hora. 31 anos. Mesmo jovem, o corpo já não rende igual ao de seu fã declarado Joseph Schooling, nadador de Singapura que venceu o ídolo ontem(12). (Em 2008, o tietava por uma foto. 8 anos depois, a vontade de disputar lado a lado com Michael foi além. O primeiro ouro da história do país vem da natação).

         Obrigado por tudo, Phelps! 23 ouros, 3 pratas e 2 bronzes não são para qualquer um. Não mesmo! 23 vezes no lugar mais alto do pódio é desumano. 16 vezes sozinho e 12 vezes com outros três companheiros de revezamento norte-americano. Seu legado será eterno!

Leonardo Garcia Gimenez"

               
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E O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO

sábado, 6 de agosto de 2016

         O mundo ficou boquiaberto com a Abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016. As apresentações foram extremamente elogiadas por jornais como o The New York Times, Clarín, La Nación, Boston Globe, Olé e tantos outros. Alguns analistas indicaram que a nossa abertura está entre as top 3 de todas as Olimpíadas. 206 países coloriram o místico Maracanã, ao som de "Aquarela" e tantas outras canções que simbolizam um dos países mais alegres e receptivos: o Brasil. A figura de Santos Dumont nos fez sonhar mais alto, foi preciso voar.

        Logo o Rio de Janeiro. O Rio da violência. O Rio da Ciclovia. O Rio do prefeito infeliz. O Rio deu um tapa na cara dos críticos e foi abençoado pelo Cristo Redentor, no alto da cidade. As temáticas foram impecáveis: o início da vida na terra, as embarcações portuguesas, o primeiro contato entre índio e europeu, as imigrações japonesas para o Brasil, as plantações, a força de trabalho do elemento negro, tão forte e essencial em nossa cultura.

        Brasil, você mostrou que é GIGANTE. O seu povo tem um coração gigante. No inesquecível 5 de Agosto de 2016, tivemos uma overdose de brasileirismo e patriotismo. Pudemos entender que o nosso país tem muito mais coisas boas que ruins. Somos bem maiores unidos, lutando por um futuro cada vez mais digno e melhor. Os políticos corruptos não devem nos representar. Lutaremos bravamente com o nosso peito à própria morte. Até que enfim vestir uma camisa do Brasil valeu a pena, depois de tanto tempo com esse sentimento entalado na garganta!

         Precisávamos de heróis. Descobrimos que nós mesmos somos os heróis desse país multifacetado, com uma cultura rica e invejada por todo o mundo. Brasil, senti orgulho em ter nascido por aqui. Independente do resultado, já estamos de parabéns. Que venham muitas medalhas de ouro, porque depois de ontem, merecemos... e muito!


Leonardo Garcia Gimenez"

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NO PAÍS DAS MARAVILHAS, BRASIL É FORTE

terça-feira, 2 de agosto de 2016

        Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro nem começaram, mas já prometem ser um dos melhores no quadro de medalhas para o Brasil. Não só pelo fato de competir em casa e de muitos treinarem nos locais das provas, é que o Brasil tem em mãos uma de suas mais brilhantes gerações nos esportes.

       Desde quando definido como país-sede, o Brasil é visto como despreparado para receber o evento com mais de 200 países representados. É o maior evento esportivo de todo o mundo. O Brasil é um país que tem um histórico bastante negativo de corrupção, falcatruas, qualidade de vida ruim para a maioria de sua população. No entanto, é inegável que o brasileiro é muito receptivo, apesar de 52% dos brasileiros serem contra à Olimpíada em nosso país.

       A construção da Vila Olímpica foi bem criticada pelos australianos, italianos, chineses e até mesmo pelos argentinos. Entretanto, presidentes das comissões de cada país elegeram a nossa vila como a melhor já vista de todas as construídas. Estamos indo para a trigésima sexta Olimpíada. Quanta responsabilidade, Brasil!

        O brasileiro critica, debate, mas no fundo, torce para o Brasil se dar bem. É claro que 100% nada vai estar. Afinal, se não tiver um improviso daqui ou dali, não seria a cara do Brasil. Já estão em terras tupiniquins astros como Kevin Durant, Usain Bolt, Michael Phelps, Novak Djokovic. Será inesquecível e inexplicável poder ver grandes atletas competindo em mais alto nível no Brasil. Que o Time Brasil possa surpreender, levando o maior número de ouros possíveis. Muitos de nossos atletas se destacam sem ter no mínimo bons lugares para treinarem. Que tudo ocorra bem. Vai, Brasil!


Leonardo Garcia Gimenez"

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