Na semana passada,
divulgou-se na imprensa a exclusão das matérias de Filosofia, Sociologia, Artes
e Educação das grades curriculares do ensino público brasileiro. Me chama a
atenção que em Agosto e neste mesmo mês de Setembro o Brasil sediou os maiores
eventos esportivos do mundo: Olimpíadas e Paralímpiadas, respectivamente.
Parece sátira. Mas não é.
Tirar a Educação Física do
estudante vai além do âmbito escolar. Isso é notoriamente divulgado e explorado
pelos norte-americanos. Distribuem bolsas de estudo a fim de proporcionar
oportunidades para o indivíduo e praticar bastante esporte no país deles. E no
nosso? Qual o intuito de cortar elos com um dos melhores bens que o homem pode
ter? Sinceramente, pensei por muito tempo e não encontrei resposta.
O Brasil fez sua melhor
campanha em Olimpíadas, mas muito se deve à praticidade e a excelência dos
componentes da Aeronáutica, Exército e Marinha. A maior parte das medalhas
conquistadas veio por atletas que passaram por essas Forças. É mais do que
provado que o esporte dissemina os maus caminhos; distancia as drogas do jovem.
Fico triste ao saber que os governos têm muita culpa na segregação espacial.
Somos mais de 200 milhões. Não é possível que não estão preocupados com o
destino da maioria das crianças e adolescentes. Sinto, bem lá no fundo, que
não.
O MEC recuou, disse que não
tem nada aprovado. Será mesmo? Na cultura do "para inglês ver", tudo é aprovado
por debaixo dos panos e em horários quase inacessíveis para todos. O jogo de
interesses fala bem mais alto. Queria poder acreditar e sonhar que dias
melhores estão por vir. Mas não posso. Não é conivente com a nossa realidade.
Governo Temer, dê um jeito. Tirar a obrigatoriedade da Educação Física (que já
é facultativa ao aluno) nas escolas é entregar, é fadar o destino ao fracasso. Faço
um apelo. Espero que não me decepcione.
Leonardo
Garcia Gimenez"