Até o mais desligado do
mundo futebolístico sabe que o clássico é a melhor forma de se alavancar dentro
de uma competição. Ontem, não foi diferente. Antes do jogo, a expectativa era
de uma partida recheada de gols, de jogadas bonitas e repetidora do bom
espetáculo do primeiro turno, no Independência. Infelizmente, fiquei frustrado
com o que vi. Esperava bem mais de ambos os times, visto que mesmo em posições
extremas na tabela, necessitavam muito dos 3 pontos.
A bola rolou e a primeira
oportunidade do jogo veio com o chutaço de Otero no travessão, aos 9 minutos.
Segurando o ímpeto inicial do Cruzeiro, aos poucos o Atlético equilibrou a
posse de bola e dominou o meio-campo. Não perdia uma segunda bola. A partir de
passes bem trocados, o lateral Fábio Santos cruzou na cabeça de Clayton, que
cabeceou no contrapé de Rafael e explodiu o coração dos atleticanos presentes.
Logo Clayton, que foi bancado por Marcelo Oliveira, já que preferiu deixar
Lucas Pratto entre os reservas. O gol atleticano saiu na virada para os 30
minutos. A partir dali, os alvinegros recuaram e viram, sem reagir, o baixinho
Arrascaeta e o matador Ábila perderem duas chances importantes para o Cruzeiro.
Fim de primeiro tempo com o Galo mantendo a distância para Palmeiras e
Flamengo.
Não sei o que aconteceu no
vestiário do Atlético, porque eles voltaram com a mentalidade de que um empate
tava bom. Me recordo apenas do chute cruzado perigosíssimo do Júnior Urso no
príncipio. Já o time de Mano Menezes, com a lógica substituição de Sóbis por
Alisson, foi para cima do rival. Mesmo sem criar outras chances reais de
marcar, os celestes dominavam a segunda etapa. Após tanto insistir pelas
laterais e por Élber também ter entrado, o velocista surgido na Toca encontrou
Robinho, que bateu muito bem e fez a bola balançar as redes do arqueiro Victor.
Clássico empatado coincidentemente aos 30 do segundo tempo. Com 15 minutos,
para tentarem desempatar, a tensão tomou conta do estádio e dos jogadores.
Nenhum golzinho saiu mais. 1 a 1. Resultado ruim para os dois. O Atlético viu
os líderes abrirem mais dois pontos; o Cruzeiro chegou aos 30 pontos e a três
jogos sem vencer.
Se eu fosse destacar o que
houve de mais gritante nesse clássico, me chamou atenção a incompetência na
hora de converter as chances em gol e a falta de ousadia do Atlético, principalmente
por estar brigando pelo título. Na próxima rodada, o Galo recebe o Inter no
Independência. O Cruzeiro vai até Cariacica encarar o vice-líder Flamengo. Duas
pedras no sapato dos mineiros. Não vai ser nada fácil.
Leonardo Garcia Gimenez"
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