RETROSPECTIVA ESPORTIVA 2016

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

O ano de 2016 começou a mil por hora e com aquela 'zebraça'. Enquanto Cruzeiro e Atlético se preparavam para fazer a final do Campeonato Mineiro mais uma vez, o América despachou a Raposa nas semis e com três gols de Danilo, agora reforço atleticano, o Coelho voltou a ser campeão de Minas Gerais sobre o Atlético após muito tempo.

O Brasileirão teve seu início e o Galo era um dos grandes favoritos ao título. Demonstrou quase o campeonato todo que era mesmo um time montado para ser campeão. Com o poderosíssimo ataque e a confiança lá no alto com o equatoriano Cazares, era quase obrigação levantar a taça. Aos poucos, o Palmeiras deixou tudo mais complicado. O bom elenco e a estrela de Gabriel Jesus fizeram com que o alviverde imponente sagrasse eneacampeão nacional. O Flamengo foi irregular no segundo turno e viu o Santos ultrapassá-lo. O colombiano Copete chegou muito bem do Atlético Nacional e formou uma ótima dupla com Ricardo Oliveira. O Atlético-PR foi à Pré-Libertadores pela força impressionante que tem jogando em casa. O último componente dos seis representantes é o Botafogo. Foi o azarão do campeonato. O clube havia acabado de retornar à elite do futebol brasileiro, portanto, contou com pouco investimento e foi colocado como candidato ao descenso. Fez um excepcional segundo turno com Jair Ventura e acabou muito bem. Cruzeiro e São Paulo decepcionaram o ano todo, fugiram do rebaixamento poucas rodadas do fim e evitaram o pior. Quem não evitou o pior foi o Internacional. Em 10 anos, o clube campeão mundial virou participante de Série B. O aspecto político influenciou bastante nas apresentações do time; vão ter de pagar o preço. Para piorar a situação colorada, o Grêmio venceu a Copa do Brasil e garantiu o passaporte para a Libertadores.

A Libertadores 2016 foi ruim para os brasileiros. Nenhum finalista. O Atlético Nacional sobrou na competição e venceu o desconhecido Independiente del Valle. Se existe justiça ou não no futebol, sei que ela foi feita. Os colombianos verdolagas foram brilhantes em todas as etapas antes de se tornarem bicampeões da América.

Este foi o ano da realização de um sonho antigo. Após sediarmos a Copa em 2014, fomos anfitriões das Olimpíadas de 2016. Começamos brilhantes ao mostrarmos, de fato, o que é o Brasil. País miscigenado, diversificado, rico culturalmente. A Abertura dos jogos ficou linda e o mundo aplaudiu de pé. Como somos mesmo brasileiros, a hospitalidade foi impecável. Recebemos pessoas do globo inteiro e demos conta do recado. Nada é perfeito. Ocorreram problemas de abastecimento com comida, água e serviços de hotel. Por aqui, nomes como Michael Phelps e Usain Bolt fizeram ainda mais história. A húngara Katinka Hosszu se cansou de bater recordes na natação e provou que é a maior promessa da natação mundial. Por falar em apostas, Simone Biles encantou o Brasil. Chegou a ser comparada com Nadia Comaneci. Não acho um absurdo. O basquete e atletismo brasileiros não foram bem. No mar, um show à parte. Ganhamos boas medalhas de bons atletas. Uma delas, veio da potência da família Grael. Enfim, a Rio 2016 deixou saudades para o brasileiro. Posso, sim, dizer que um pouco dos bilhões gastos valeram a pena. O Brasil teve a sua melhor participação de toda a história. Ficamos com um gostinho bom e a certeza de um trabalho bem feito. O Brasil precisava de uma reviravolta. Em meio a tantos desastres, entre eles a corrupção sem freio e sem limites, pudemos nos orgulhar ao menos por algumas semanas.

Terminamos o ano com uma tragédia que mexeu com o brio do ser humano. O mundo se comoveu com a ascendência sem precedentes da interiorana Chapecoense. Uma catástrofe dizimou sonhos, vidas, mas não apagou uma maravilha história. Resultados eram constantemente regados com muita determinação e foco. Seriedade na administração, a diretoria da Chape sempre foi um exemplo de transparência. A hashtag #ForçaChape foi bem além dos gramados. Como consequência do trabalho, a Chapecoense tornou-se campeã da Copa Sul-Americana e jogará a Libertadores no ano que vem. Terá de se reestruturar. O tempo é curto. Ajudas serão bem-vindas. O primeiro desejo de todos para 2017 é que o clube volte bem.

Que venha 2017!


Desejo um feliz Ano Novo e boas festas a vocês, meus leitores!! Ano que vem terá muito mais...


Leonardo Garcia Gimenez"



Créditos: Globoesporte.com
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PREÇO SALGADO DA TEMPORADA "PIFFERA"

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Arrogância, prepotência e pouco futebol. A temporada do Internacional pode ser resumida assim. No comando, presidente e vice-presidente fizeram a pior chapa de toda a história do clube. Os péssimos Vitorio Piffero e Fernando Carvalho não se cansaram de somar trapalhadas ao decorrer do ano e, por isso, o Inter vai jogar a Série B em 2017 pela primeira vez.

Argel Fucks começou 2016 à frente da equipe tendo sequência pelos títulos conquistados no ano passado. Ganhou o Gauchão neste ano, e deixou o cargo no Brasileirão. Naquela época, o Inter, que havia liderado algumas rodadas, estava na nona posição. A posição intermediária já incomodava, mas nem o torcedor mais pessimista esperava tanto fracasso. Falcão assumiu. O ídolo do clube não teve tempo de armar o time. Foi demitido com 25 dias de trabalho. Pasmem: 25 dias! Foram 5 rodadas comandando o preguiçoso Internacional.

Dali em diante, o desastre tomou proporções ainda maiores. 14 jogos sem vencer! Nunca um clube que ficou mais de jogos sem vencer conseguiu permanecer na Série A. A partir disso, os colorados viraram franco-atiradores.

O cômico planejamento não ficou só nisso: para o lugar de Falcão, Celso Roth foi contratado. Juro que quando soube, pensei que fosse mentira. Há quantos anos que Roth não faz um bom trabalho? Celso parou no tempo e a torcida torceu o nariz para o novo (e velho) treinador do clube. Ainda tentou inventar mais; Seijas e Valdívia ficaram bons jogos esquentando o banco. A situação beirava o insustentável e a diretoria não percebeu cedo. 16 jogos com Roth. Nada apagará a relação do treinador com o clube, pois Celso foi o treinador do título da Libertadores em 2010. Porém, os perfis dos treinadores anteriores em nada combinavam com seu estilo.

Lisca Doido foi a menor de todas as loucuras, embora não tenha sido competente também. Teve 3 rodadas para tentar salvar o barco. Perdeu dois desses jogos. Ou seja: a sucessão de erros foi do início ao fim no campeonato. O rebaixamento do Internacional é o mais justo entre o descenso dos grandes desde o Corinthians em 2007.

Do céu ao inferno: o atual vice-presidente Fernando Carvalho era o presidente em 2006, quando o clube foi campeão mundial diante do Barça. Hoje, foi fundamental para o fracasso vermelho. Como o próprio Juca Kfouri disse em seu blog: o Inter deve ficar mais vermelho, mas de vergonha! A temporada foi pífia, como o nome do presidente sugere. A diretoria brincou com a história do clube e a torcida é quem mais sofre.

Agora, é reerguer-se e voltar à Série A em 2018. O primeiro passo para isso foi dado: o candidato da oposição venceu a eleição para presidente com quase 95% dos votos. Ressalto: o rebaixamento foi justíssimo! A arrogância foi castigada...


Leonardo Garcia Gimenez"





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