O ano de 2016 começou a mil por hora e com
aquela 'zebraça'. Enquanto Cruzeiro e Atlético se preparavam para fazer a final
do Campeonato Mineiro mais uma vez, o América despachou a Raposa nas semis e
com três gols de Danilo, agora reforço atleticano, o Coelho voltou a ser campeão
de Minas Gerais sobre o Atlético após muito tempo.
O Brasileirão teve seu início e o Galo era um
dos grandes favoritos ao título. Demonstrou quase o campeonato todo que era
mesmo um time montado para ser campeão. Com o poderosíssimo ataque e a confiança
lá no alto com o equatoriano Cazares, era quase obrigação levantar a taça. Aos
poucos, o Palmeiras deixou tudo mais complicado. O bom elenco e a estrela de
Gabriel Jesus fizeram com que o alviverde imponente sagrasse eneacampeão
nacional. O Flamengo foi irregular no segundo turno e viu o Santos
ultrapassá-lo. O colombiano Copete chegou muito bem do Atlético Nacional e
formou uma ótima dupla com Ricardo Oliveira. O Atlético-PR foi à
Pré-Libertadores pela força impressionante que tem jogando em casa. O último
componente dos seis representantes é o Botafogo. Foi o azarão do campeonato. O
clube havia acabado de retornar à elite do futebol brasileiro, portanto, contou
com pouco investimento e foi colocado como candidato ao descenso. Fez um
excepcional segundo turno com Jair Ventura e acabou muito bem. Cruzeiro e São
Paulo decepcionaram o ano todo, fugiram do rebaixamento poucas rodadas do fim e
evitaram o pior. Quem não evitou o pior foi o Internacional. Em 10 anos, o
clube campeão mundial virou participante de Série B. O aspecto político
influenciou bastante nas apresentações do time; vão ter de pagar o preço. Para
piorar a situação colorada, o Grêmio venceu a Copa do Brasil e garantiu o
passaporte para a Libertadores.
A Libertadores 2016 foi ruim para os brasileiros.
Nenhum finalista. O Atlético Nacional sobrou na competição e venceu o
desconhecido Independiente del Valle. Se existe justiça ou não no futebol, sei
que ela foi feita. Os colombianos verdolagas foram brilhantes em todas as
etapas antes de se tornarem bicampeões da América.
Este foi o ano da realização de um sonho
antigo. Após sediarmos a Copa em 2014, fomos anfitriões das Olimpíadas de 2016.
Começamos brilhantes ao mostrarmos, de fato, o que é o Brasil. País
miscigenado, diversificado, rico culturalmente. A Abertura dos jogos ficou
linda e o mundo aplaudiu de pé. Como somos mesmo brasileiros, a hospitalidade
foi impecável. Recebemos pessoas do globo inteiro e demos conta do recado. Nada
é perfeito. Ocorreram problemas de abastecimento com comida, água e serviços de
hotel. Por aqui, nomes como Michael Phelps e Usain Bolt fizeram ainda mais
história. A húngara Katinka Hosszu se cansou de bater recordes na natação e
provou que é a maior promessa da natação mundial. Por falar em apostas, Simone
Biles encantou o Brasil. Chegou a ser comparada com Nadia Comaneci. Não acho um
absurdo. O basquete e atletismo brasileiros não foram bem. No mar, um show à
parte. Ganhamos boas medalhas de bons atletas. Uma delas, veio da potência da
família Grael. Enfim, a Rio 2016 deixou saudades para o brasileiro. Posso, sim,
dizer que um pouco dos bilhões gastos valeram a pena. O Brasil teve a sua
melhor participação de toda a história. Ficamos com um gostinho bom e a certeza
de um trabalho bem feito. O Brasil precisava de uma reviravolta. Em meio a
tantos desastres, entre eles a corrupção sem freio e sem limites, pudemos nos
orgulhar ao menos por algumas semanas.
Terminamos o ano com uma tragédia que mexeu
com o brio do ser humano. O mundo se comoveu com a ascendência sem precedentes
da interiorana Chapecoense. Uma catástrofe dizimou sonhos, vidas, mas não
apagou uma maravilha história. Resultados eram constantemente regados com muita
determinação e foco. Seriedade na administração, a diretoria da Chape sempre
foi um exemplo de transparência. A hashtag #ForçaChape foi bem além dos
gramados. Como consequência do trabalho, a Chapecoense tornou-se campeã da Copa
Sul-Americana e jogará a Libertadores no ano que vem. Terá de se reestruturar.
O tempo é curto. Ajudas serão bem-vindas. O primeiro desejo de todos para 2017
é que o clube volte bem.
Que venha 2017!
Desejo um feliz Ano Novo e boas festas a
vocês, meus leitores!! Ano que vem terá muito mais...
Leonardo
Garcia Gimenez"
Créditos: Globoesporte.com
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