Um
massacre. Assim podemos resumir o que foi o Superclássico da Espanha entre Real
Madrid e Barcelona, no Santiago Bernabéu. Diferentíssimo do que eu e todos
esperavam, o Barcelona dominou os madridistas durante os 90 minutos. Em crise e
com o treinador balançando no cargo, o Real Madrid se preparava para receber o
maior rival. Do outro lado, só sorrisos compunham a parte azul grená do
estádio. O clube da Catalunha iniciaria o jogo sem Messi, por isso estavam com
“a pulga”(apelido de Messi na Argentina e Espanha, sem trocadilhos!) atrás da
orelha.
Sem
saber reagir com a forte marcação e recomposição tática do Barcelona, o Real se
mostrava visivelmente irritado. As jogadas começaram a não se encaixar e logo
aos dez minutos de bola rolando, após uma jogada muito bem trabalhada, Sergi
Roberto arrancou com a bola em direção à área do Real Madrid e viu Suárez
passando livre atrás de Varane, que recebeu bom passe e marcou friamente de
trivela no canto direito de Keylor Navas. Ali era o estopim para um dos maiores
vexames do clube merengue em sua casa. Com a posse de bola, Luís Enrique pedia
para que seus atletas trabalhassem com mais velocidade sem deixar nenhum espaço para possíveis
contra-ataques. Antes do gol, o Barça já havia perdido Javier Mascherano por
contusão e em seu lugar entrou Mathieu. Com sua maestria quase que inigualável,
Iniesta ia criando jogadas para ampliar o placar. Aos 38’, em uma bela jogada
de Neymar, o atacante anotou pela terceira vez na história do “Superclásico”.
Com dois gols de diferença, os visitantes administraram o placar e saíram com a
vantagem para o intervalo.
Precisando do resultado, os mandantes tentaram ir
para cima e pagaram o preço. Aos 52’, Andrés Iniesta acertou um belíssimo chute
e fez 0x3, coroando sua espetacular apresentação e quebrando a escrita de que
desde a lesão de Messi, apenas Neymar e Suárez haviam marcado pelo Barcelona.
Ainda mais folgado com o resultado que estava em suas mãos, Luís Enrique
decidiu dar ritmo a Lionel Messi, que desde Setembro não jogava. O
argentino entrou e quase fez um gol; foi impedido por um desvio no zagueiro
Sergio Ramos. Mas o Real também tinha suas chances. James chegou uma vez arriscando de
longe. Em outras duas oportunidades, Claudio Bravo parou Cristiano Ronaldo
brilhantemente. Realmente não era o dia do Real Madrid. Parecia que não tinha
como piorar. Mas piorou. Aos 73’, Suárez ficou cara a cara com o goleiro
costarriquenho, deixou-o no chão e fechou o caixão. 0x4. O mundo estava
perplexo. Transmitido para 176 países e com 600 milhões de pessoas assistindo,
o Real Madrid parava no melhor ataque do campeonato. Méritos para o treinador
do Barcelona, que foi amplamente superior taticamente a Rafa Benítez e poderia
ter vencido ainda de forma mais justa, se Munir não errasse dois gols. Com a
vitória, o Barça é líder com 30 pontos. O Real é o terceiro com 24 pontos.
Leonardo Garcia Gimenez”
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