5 DE SETEMBRO DE 2015: 50 ANOS DO GIGANTE DA PAMPULHA

sábado, 5 de setembro de 2015

50 anos de Mineirão. O estádio mais especial para todos os mineiros, sem dúvida nenhuma. Construído em uma época em que UDN e PSD se confrontavam para governar nosso estado, por pouco as obras não foram paralisadas. Sua primeira nomeação foi Estádio Minas Gerais, porém, foi trocada mais tarde por Estádio Magalhães Pinto, líder da UDN, que assumiu o governo em 1961 e se empenhou muito para que o Mineirão fosse concluído em 1965.
No jogo inaugural entre os quase 3.500 que já se realizaram no Gigante da Pampulha, a Seleção Mineira bateu o River Plate, por um a zero. Nesta partida, dois participantes são eternizados na história. O goleiro Gatti, do River Plate por tomar o primeiro gol do Mineirão e o volante José Alberto Bougleux(Buglê) por marcá-lo.
Outro confronto que jamais sairá da memória deste estádio é Cruzeiro x Santos pela Taça Brasil, de 1966. O Santos de Pelé, Pepe e Carlos Alberto Torres era franco favorito a conquistar o campeonato. Entretanto, o favoritismo não se concretizou. Pelo contrário, o Cruzeiro tratou de fazer cinco a zero ainda na etapa inicial. Ninguém acreditava no que via. O Mineirão se fazia calado, pasmo com tal situação. Em entrevista a Globo, Raul Plassmann contou que saindo do gramado, perguntou a Dirceu Lopes: Dirceu, quanto está o jogo? “Ele me respondeu que estávamos ganhando de cinco gols de diferença. Eu não acreditei. Voltei dois passos e olhei para o placar. Não era um sonho, e sim a realidade.” Aquele jogo acabou seis a dois para a mais nova sensação do Brasil, que venceu também no Pacaembu, de virada, por três a dois. Dali em diante, o Cruzeiro se transformaria no grande campeão que é hoje.
Em 1969, o Atlético enfrentou a Seleção Brasileira, também de Pelé, que vinha embalada com seis vitórias e a classificação para o Mundial no México. A vitória atleticana é um capítulo que todo atleticano gosta muito de contar para outras pessoas, e se orgulham de seu clube pelo feito. É um dois a um que estará vivo na memória do torcedor. Afinal, não é todo dia que seu time bate a Seleção do seu país, com o Rei do Futebol em campo. Amauri e Dadá Maravilha marcaram. O gol do Brasil foi dele, o mineiro de Três Corações, que disputou apenas 17 partidas no estádio, com o Santos e a própria seleção. Talvez a maior frustração do mineiro apaixonado pelo futebol é não ter visto Pelé com a camisa de um clube mineiro, como o Atlético, América ou o Cruzeiro.
Enfim, no famoso Mineirão, existem vários momentos que poderiam ser contados, como o cinco a quatro do Cruzeiro sobre o Internacional pela abertura da Libertadores de 1976, que terminaria com o primeiro título celeste na competição. Como esquecer a emocionante Libertadores do Galo sobre o Olimpia? Como não lembrar do maior vexame da Seleção contra a Alemanha? O Mineirão é muito especial. Toda vez que vou ao Mineirão é sempre diferente. Meu primeiro encontro com o Gigante da Pampulha foi em 2009. Cruzeiro e São Paulo se enfrentaram pelo Brasileirão e tive o prazer de entrar pela primeira e única vez no gramado com os jogadores cruzeirenses. Sou fã declarado de Rogério Ceni, confesso que não foi muito fácil vê-lo entrando pelo outro lado do campo, sem poder dizer nada para ele. Tive que sair correndo de lá para retornar ao lugar de onde assistiria ao jogo. Lembro que a partida ficou empatada, um a um. Naquele dia um grande sonho se realizou. Irei ao Mineirão muitas vezes ainda e sei que continuará sendo um sentimento único toda vez que o visitarei.
Mineirão: 50 anos de muita história, títulos levantados, de alegrias e tristezas para o torcedor. Fica aqui minha homenagem ao melhor estádio de todos.
Curiosidades sobre o Mineirão:
- Reinaldo é o maior artilheiro, com 152 gols;
- Wanderley Paiva é o jogador que mais atuou, com 345 jogos;
- O maior público do estádio: 132.834 pessoas assistiram a Cruzeiro e Villa Nova, em 22 de Junho de 1997;
- Ortiz foi o primeiro goleiro a marcar no estádio, em cobrança de pênalti, no jogo entre Atlético e CRB, em 7 de Novembro de 1976;
- Somente três pessoas conseguiram chutar uma bola para fora do Mineirão: Nelinho e Paulo Roberto(Cruzeiro) e Victor(Atlético-MG).
Leonardo Garcia Gimenez"
 
 
 


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