ANÁLISE DO CLÁSSICO CRUZEIRO X ATLÉTICO-MG

segunda-feira, 14 de setembro de 2015
Tensão. Essa é a palavra a qual está engajada quando tratamos de clássico. A expectativa era de um jogo muito cauteloso para ambas as equipes. O Cruzeiro, mandante, tinha a pressão de vencer o maior rival visando se distanciar da zona da degola. Do outro lado, o Atlético buscava a vitória para seguir na caça ao Corinthians, que havia vencido o Joinville pela manhã. Os três pontos eram fundamentais para ambos. Com duas propostas objetivas de vencer o jogo e atingir seus objetivos, a partida não decepcionou. Foi digno de ser um Cruzeiro x Atlético, a rivalidade dentro do campo, provocações, comemorações só engrandecem um grande clássico. Pena que não posso falar o mesmo sobre vândalos das duas torcidas que quase sempre protagonizam episódios tristes fora dos estádios e que felizmente, são minoria.

O Cruzeiro começou indo para cima do Atlético, deu uma pressão inicial não tão perigosa, mas que provocava atenção nos jogadores alvinegros. Com o passar do tempo, o Galo equilibrou o jogo e teve o domínio da posse de bola, o que fez com que o Cruzeiro recuasse um pouco e tivesse que sair nos contra-ataques com Alisson, Marquinhos e Willian, que foram colocados de maneira estratégica por Mano Menezes para dar movimentação e trabalho à defesa atleticana. E funcionou! No fim do primeiro tempo, em uma falha da zaga do Atlético, Willian conseguiu dar um biquinho na bola e Victor contribuiu com outro erro. Assim que tomou o gol, o time de Levir Culpi se jogou contra os celestes em busca de empate para sair empatando ainda nos 45 minutos. Sem sucesso, o Cruzeiro foi para o intervalo com a vantagem.

Voltando à segunda etapa, Levir mandou a campo o jovem atacante Carlos, que tem estrela no clássico. Desta forma, o Atlético continuou com a posse de bola e o Cruzeiro esperava uma única chance para matar o jogo. Em uma jogada iniciada através de um desarme, Alisson teve todo o tempo do mundo para raciocinar e tocar para Willian ampliar o resultado, mas foi muito individualista e tentou bater de esquerda, perna que não é a boa, defesa de Victor! Dali em diante a história começaria a mudar para o arqueiro atleticano. Com um a menos, a chance do tetracampeão brasileiro tinha quase ido por água a baixo. Novamente, porém de forma desorganizada, já na base do desespero, o Atlético tocava de um lado ao outro, mas não criava boas oportunidades, muito devido à forte marcação implantada por Mano na equipe do Cruzeiro. Aos 43’ do segundo tempo, em jogada de escanteio, Carlos, o escolhido de Levir, cabeceou no primeiro pau e com um desvio do zagueiro Manoel, empatou para os atleticanos. Todos pensavam que o jogo tinha acabado ali. Tinha mais tensão por vir. Na saída de bola, o Cruzeiro atacou o Atlético e teve um pênalti cometido por Jemerson em cima de Willian, que está em ótima fase. Confiante, o Bigode chamou para si a responsabilidade de definir um jogo importantíssimo. Bateu forte, porém em média altura, Victor defendeu. De vilão a herói! Pela entrega dos cruzeirenses, a displicência e o domínio da posse de bola atleticanos, posso dizer que foi um resultado muito justo e o melhor clássico desde a reabertura do Mineirão.

Leonardo Garcia Gimenez"
    






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