MAIS QUE COMPROVADO: O ATLÉTICO GOSTA DE SOFRER

quinta-feira, 5 de maio de 2016

         Preterido pelo Cruzeiro na época em que deixou o tradicional Vélez Sarsfield, o argentino Lucas Pratto realmente decidiu viver em Belo Horizonte, mas no terreiro do Galo. Hoje, jogo após jogo, "O Urso" prova o bom futebol que tem e ainda surpreende.

         Na partida de ontem contra o Racing, se faltou técnica, raça sobrou. A promessa de que o coração alvinegro começou na escalação surpresa do atacante Carlos, pouco aproveitado na temporada devido duas lesões consecutivas. Mas, já que o atleticano apoia na vitória e na derrota e torce até contra o vento, por que não acreditar em um simples triunfo para sacramentar a classificação?

          Após o inédito título da Libertadores(2013), em 2014 e 2015 o Atlético foi eliminado na fase de Oitavas de Finais. Em 2014, desclassificação para o Atlético Nacional. No ano passado, foi a vez do Internacional de Porto Alegre azedar a garapa. O clube trocou de treinador, mudou a formação, perdeu jogadores e se reforçou. Posso dizer que a contratação do Lucas Pratto caiu como uma luva. Batalhador, obediente e extremamente calculista, conquistou de vez a confiança da torcida. É incontestável no time. Como não admirar a tentativa de Pratto de recuperar a bola ao sair do ataque e dar o carrinho na bandeirinha defensiva? Sem dúvidas, o homem é diferente. Quanta falta faz a um time o tal do centroavante. (E ainda querem acabar com os camisa 9...)

       Decidindo no Horto, Carlos pôs o Galo em vantagem logo aos 15 minutos de bola rolando. Gol "espírita". Assistência de quem? Lucas Pratto. Era o dia dele. Como o Atlético sente uma afinidade por sofrer em Libertadores, Lisandro López logo tratou empatar, de pênalti. O 1-1 eliminava o polivalente CAM. Dito anteriormente, os mandantes não chegavam a ter uma chance clara de gol. Por isso, teve que ser na raça, do jeito Atlético Mineiro de ser.

       Visivelmente ansioso com o andar da carruagem, os comandados de Aguirre não criavam nem conseguiam passar pelo muro azul do Racing fechadinho. Além de defender, o tradicional Racing de Avellaneda contra-atacava muito bem com o quarteto ofensivo: Acuña, Lisandro López, Óscar Romero e Ricardo Noir. Os argentinos, catimbeiros, faziam o tempo passar com maestria.

           Flagrado pela Rede Globo rezando no vestiário no intervalo, Lucas Pratto recebeu as graças de Deus ao marcar o gol do alívio. Antes disso, em lance especial seu chute encontrou o travessão, enlouquecendo a massa atleticana. Agora 2-1, Lucas não merecia perder um pênalti, defendido pelo experiente arqueiro Ibañez. "Se não for sofrido, não é Galo!"
O Galo enfrentará o São Paulo nas Quartas de Finais, decidindo em casa.

Leonardo Garcia Gimenez"

                       

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