Preterido
pelo Cruzeiro na época em que deixou o tradicional Vélez Sarsfield, o argentino
Lucas Pratto realmente decidiu viver em Belo Horizonte, mas no terreiro do
Galo. Hoje, jogo após jogo, "O Urso" prova o bom futebol que tem e ainda
surpreende.
Na
partida de ontem contra o Racing, se faltou técnica, raça sobrou. A promessa de
que o coração alvinegro começou na escalação surpresa do atacante Carlos, pouco
aproveitado na temporada devido duas lesões consecutivas. Mas, já que o
atleticano apoia na vitória e na derrota e torce até contra o vento, por que não
acreditar em um simples triunfo para sacramentar a classificação?
Após
o inédito título da Libertadores(2013), em 2014 e 2015 o Atlético foi eliminado
na fase de Oitavas de Finais. Em 2014, desclassificação para o Atlético
Nacional. No ano passado, foi a vez do Internacional de Porto Alegre azedar a
garapa. O clube trocou de treinador, mudou a formação, perdeu jogadores e se
reforçou. Posso dizer que a contratação do Lucas Pratto caiu como uma luva.
Batalhador, obediente e extremamente calculista, conquistou de vez a confiança
da torcida. É incontestável no time. Como não admirar a tentativa de Pratto de
recuperar a bola ao sair do ataque e dar o carrinho na bandeirinha defensiva?
Sem dúvidas, o homem é diferente. Quanta falta faz a um time o tal do
centroavante. (E ainda querem acabar com os camisa 9...)
Decidindo
no Horto, Carlos pôs o Galo em vantagem logo aos 15 minutos de bola rolando.
Gol "espírita". Assistência de quem? Lucas Pratto. Era o dia dele. Como o
Atlético sente uma afinidade por sofrer em Libertadores, Lisandro López logo
tratou empatar, de pênalti. O 1-1 eliminava o polivalente CAM. Dito
anteriormente, os mandantes não chegavam a ter uma chance clara de gol. Por
isso, teve que ser na raça, do jeito Atlético Mineiro de ser.
Visivelmente
ansioso com o andar da carruagem, os comandados de Aguirre não criavam nem
conseguiam passar pelo muro azul do Racing fechadinho. Além de defender, o
tradicional Racing de Avellaneda contra-atacava muito bem com o quarteto ofensivo:
Acuña, Lisandro López, Óscar Romero e Ricardo Noir. Os argentinos, catimbeiros,
faziam o tempo passar com maestria.
Flagrado
pela Rede Globo rezando no vestiário no intervalo, Lucas Pratto recebeu as
graças de Deus ao marcar o gol do alívio. Antes disso, em lance especial seu
chute encontrou o travessão, enlouquecendo a massa atleticana. Agora 2-1, Lucas
não merecia perder um pênalti, defendido pelo experiente arqueiro Ibañez. "Se
não for sofrido, não é Galo!"
O Galo enfrentará o São Paulo nas Quartas de Finais, decidindo em casa.
Leonardo Garcia Gimenez"
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