Incompetência é a
palavra-chave desse Brasileirão. Mesmo sem jogar bem há muitas rodadas, o
Palmeiras não vê ninguém perto no retrovisor e tem 91% de chances de levantar,
pela nona vez, o Campeonato Brasileiro. Flamengo e Atlético se alternaram na
caça ao líder, mas fracassaram. A bola da vez é o Santos, rival que vem
crescendo nessa reta final.
Analisando as vagas pelo
G-6, a sexta vaga está beliscando alguns times e os mesmos parecem não dar
atenção. Atlético-PR, Ponte Preta, Chapecoense, Grêmio, Corinthians e
Fluminense rondam a área a competição toda. Atualmente, Botafogo e Atlético-PR
fecham junto com o G-4 os clubes que avançarão à Fase de Grupos da Libertadores
e Pré-Libertadores.
Na parte de baixo da tabela,
os gigantes Cruzeiro, Internacional e São Paulo fazem campanhas pífias.
Cruzeiro e São Paulo praticamente já selaram sua continuidade na Série A em
2017, mas matematicamente, não estão garantidos. O Internacional é o primeiro
clube dentro da zona do descenso; que se caso sair, será o primeiro
rebaixamento de sua rica história. Vitória, Coritiba e Sport também lutam pela
sobrevivência. Resta apenas uma vaga. Figueirense, Santa Cruz e América estão
praticamente rebaixados.
De uma forma geral, o
futebol brasileiro é pobre, tecnicamente. Niveladíssimo por baixo. Tomando como
exemplo os campeões de edições anteriores do Brasileirão (Fluminense, Cruzeiro,
Corinthians), 2016 terá seu campeão mais ineficiente e brilhante dos últimos
tempos. Embora seja evidente que um dos melhores elencos do Brasil seja o
palmeirense, na escalação dos titulares, não há um legítimo camisa 10 e um
zagueiro a nível de Seleção Brasileira. O líder tem muitas peças interessantes,
como Dudu, Mina, Gabriel Jesus e Tchê-Tchê, mas, perante tanta inconstância,
poderíamos ver outro time tomando a ponta da tabela.
Pensem em Robinho e Ricardo
Oliveira. Ambos muito experientes, jogadores com passagens pela Seleção, mas
que não estavam rendendo na Europa. De presente, receberam propostas para
voltar. Resultado? Voltaram a jogar muito e os gols são a prova disso. O nosso
futebol está lento, muito manjado, sem algo novo. A própria seleção pentacampeã
do mundo era o espelho dessa situação. Eis que Tite surgiu para mudar a cara e
a história dos recentes vexames brasileiros. Contudo, é só.
A emoção trazida na bagunça
desse campeonato se deve à irregularidade dos clubes. Talvez, seja culpa do
calendário. Porém, o brasileiro está perdendo aos poucos a paixão pelo futebol;
ainda mais com tanta sujeira e falcatrua nas diretorias dos clubes brasileiros.
É melhor darmos um jeito porque senão ninguém vai querer assistir aos nossos
jogos.
Leonardo
Garcia Gimenez"
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