Em caso de título português,
que já não era muito esperado, esperava-se que as estrelas de Nani, Quaresma,
Renato Sanches ou Cristiano Ronaldo brilhassem. Mas isto não aconteceu. Não
mesmo! O principal jogador português saiu contundido antes mesmo dos dez
minutos iniciais; entrou Quaresma, que pouco produziu. Nani não apareceu e o
garoto que pertence ao Bayern também não. Favorita, a França teve dificuldades
que nos remetem a lembrar do jogo contra a Irlanda, quando submetida à virada.
A conquista portuguesa me
relembrou o recente bicampeonato chileno. Ambos os países jamais haviam
conquistado um título sequer. Para começar bem, surpreenderam e ergueram as
taças de seus respectivos continentes. Antes da Eurocopa, as casas de apostas
giravam em torno de Alemanha, Itália, Bélgica, França, Espanha e, talvez,
Portugal e Inglaterra. Só por aí, o título é memorável.
Portugal sentiu que poderia
ir além das expectativas. Ultranacionalistas, os guerreiros portugueses
cantavam incessantemente os versos do hino português que mais simbolizam essa
vitória: Às armas, às armas/ Sobre a terra, sobre o mar/ Pela Pátria lutar /Contra
os canhões marchar, marchar!
O pequeno país europeu,
colonizador de nosso grandioso Brasil, voltou a saborear o gosto da vitória
desde os tempos da bravura e da expansão marítima. Guiados, desta vez, por
Cristiano Ronaldo. Cristiano, o menino da Ilha da Madeira trouxe o caneco que
Eusébio e Luís Figo não conseguiram.
O choro estancado ao sair
lesionado provou que Ronaldo usa e abusa do sobrenome tão consagrado nos
gramados mundiais. Em 2004, teve o desprazer de perder uma Eurocopa em casa,
diante dos gregos. Ronaldo veio para mudar a história de seu povo. Sua
determinação, paixão e necessidade de quebrar recordes é de encher os olhos de
qualquer torcedor. Cristiano, sou abençoado por Deus por ter a chance de te ver
pisar nos mais variados lugares do mundo.
O título veio dos pés de
Éder, mas muito dessa campanha se deve a ti. O ano de 2016 será eternizado nos
corações lusitanos. Celebrarão para sempre a vossa conquista. Dentre os
grandes, o craque é o que se torna o maior, o imortal. Sem palavras, o choro é
a melhor maneira de se explicar o tamanho de sua façanha. Portugal é o novo rei
do Velho Mundo!
Leonardo
Garcia Gimenez"
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