RIVER TENTA VENCER BARÇA E AMENIZAR O TOM DE VERGONHA DOS ESTÁDIOS DA AMÉRICA DO SUL

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

          Sem nenhum tipo de surpresa e zebra, River Plate e Barcelona disputarão o status tão importante de campeão mundial em 2015. Na quarta, 16, o clube argentino campeão da Libertadores deste ano bateu, com muitas dificuldades, o fraco campeão japonês Sanfrecce Hiroshima. O nervosismo costumeiro das equipes da América do Sul é fácil de se entender. Após a conquista de uma Libertadores, a reação imediata dos jogadores e torcedores é pensar no Mundial no fim do ano. Criamos uma expectativa tão grande em cima disso que a nossa frustração poderia vir mais em conta. Outro fator que contribui é o fato de o sul-americano ser acostumado a decidir um mata-mata em dois jogos e não em um jogo só.

        No modelo atual do Mundial de Clubes da FIFA os europeus têm ampla vantagem sobre nós. Isto é fruto de um continente mais organizado em tudo, mas principalmente no aspecto futebolístico. O preço de ganhar uma Libertadores é inferior ao do vencedor de uma Liga Europa(dialogada como uma espécie de série B da Champions League). A CONMEBOL é uma instituição falida. Passeando por estádios da Bolívia, Venezuela, Colômbia, Peru, Equador e até mesmo no Chile podemos ver que as condições de jogo são muito precárias. Vale relembrar que no ano passado o Cruzeiro enfrentou o Real Garcilaso no Peru. Este jogo é relembrado pelo ato racista dos torcedores do time mandante contra o ex-volalnte Tinga, mas ninguém se lembra que um grande número de torcedores tiveram de ficar em um barranco. Literalmente! A falta de estrutura e organização das competições por aqui(América do Sul) me chama a atenção. Não perdemos somente dentro de campo. Perdemos fora dele também. Como iremos representar o mundo sem representarmos o nosso próprio continente? O Barcelona, exemplo mundial de como se planejar um bom futebol visando gerações futuras, leva quase todos os anos ao menos um troféu para sua galeria. Nenhum resultado positivo vem por acaso. É claro que os europeus têm muito mais dinheiro para investimentos, patrocínios, direitos de imagem e contratações, entretanto, não nos estruturamos. O River Plate terá de enfrentar o melhor time da Europa e contar com os retornos de Messi e Neymar. É preciso rever os nossos conceitos. O River nos representará, porém caso ganhe o Mundial de forma improvável, apenas amenizará o tom vergonhoso do nosso futebol. Não estou sendo pessimista. É claro que gosto muito da Libertadores, mas sinto que a competição precisa passar por uma reforma, por alguns retoques. Não quero "europeizar" uma competição com a cara da América do Sul, mas pelo menos copiar o que é bom e preciso para engrandecermos.


Leonardo Garcia Gimenez"

                            

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