O BRASIL VESTE VERDE E BRANCO

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
      Maior campeão do século, maior campeão nacional, uma Libertadores e, agora tricampeão da Copa do Brasil, demonstram que o Palmeiras é um clube grande. Aliás, como disse o Zé Roberto: - O Palmeiras não é grande, é gigante!" O trabalho sério de Paulo Nobre, presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras foi, com certeza, uma das causas deste tricampeonato da Copa do Brasil. Competente e aprovado pela torcida, Nobre se firma no cargo como um grande gestor e se torna um exemplo para os dirigentes dos outros clubes brasileiros.

      O Palmeiras não conseguiu apresentar um bom futebol na Vila Belmiro por alguns motivos: falta de um padrão de jogo para a equipe; necessidade de marcar bem o Santos para não sair goleado do litoral paulista; perdeu logo cedo a válvula de escape do ataque palmeirense(Gabriel Jesus) e também porque o Santos aproveitou os espaços, comprovadamente pelo fato do Gabigol ter passado como se não houvesse ninguém o marcando e bateu na saída de Fernando Prass, levando a vantagem do Peixe para São Paulo.

     Ontem, a previsão era de um grande jogo. A diferença existia, mas era pequena. Para se ter uma ideia, com a vitória palmeirense por 2x1, os sete jogos disputados entre Palmeiras x Santos no ano terminaram com vitórias mínimas(diferença de um gol). O confronto é muito equilibrado.  Entretanto, não vimos isso. A verdade é que durante os 90 minutos só deu o time de Marcelo Oliveira. Com a estratégia de pressionar inicialmente os visitantes, o Palmeiras perdeu uma chance incrível aos 11 segundos de bola rolando. Consecutivamente, no ataque do Santos, o lateral Victor Ferraz acertou a trave do canto esquerdo do arqueiro Prass, e ali tivemos outro indício de que a sorte estaria com o Palmeiras(o primeiro sinal foi o gol perdido por Nilson na Vila Belmiro). Com a forte marcação do menino Matheus Sales em Lucas Lima, o Santos parece que não entrou em campo. Apenas Marquinhos Gabriel conseguia segurar a bola lá na frente por pouco tempo e depois tinha de voltar porque o Palmeiras contra-atacava. Os primeiros 45 minutos terminaram em 0x0, para sorte do Santos.


      A lesão no ombro tirou Gabriel Jesus da decisão e Rafael Marques entrou para levantar as bolas na área para os cabeceios de Lucas Barrios, sua principal qualidade. Marcelo organizou o Palmeiras com Dudu e Rafael pelos lados e o paraguaio centralizado. Esta tacada desmontou os santistas. Em uma jogada trabalhada entre Robinho e Barrios, o meia saiu sozinho na grande área e rolou para Dudu finalizar. 1x0 Palmeiras. O Allianz Parque balançou. A pressão ficou maior. O triunfo por dois gols de diferença daria o título a SEP. E o outro gol saiu. Aos 39’, em uma jogada muito esquisita, a bola passou por todo mundo e foi ao encontro de Dudu, que novamente marcou. 2x0. O Palmeiras era campeão. O sentimento de angústia havia acabado. Estávamos todos enganados. A felicidade alviverde durou um minutinho. Ricardo Oliveira descontou. 2x1. Pela primeira vez em toda a história do torneio a Copa do Brasil teria sua edição decidida nas penalidades. Marquinhos Gabriel e Gustavo Henrique erraram pelo Santos. Rafael Marques parou em Vanderlei. Veio Fernando Prass, um ícone desta equipe que poderia se consagrar fazendo o gol do título. E fez. Cerrou os seus olhos e enfiou um "canudo" por entre as traves. Vestindo o manto que já foi de Marcos, Prass vai conquistando seu espaço e vai construindo mais capítulos impressionantes no Palmeiras. Pela campanha, o Santos merecia mais. Pela final no geral, sem dúvidas o Palmeiras. Marcelo Oliveira finalmente conquistou a taça que lhe faltava, após 3 fracassos seguidos. A madrugada verde da capital foi realmente longa, já que dormir não foi o pensamento do palestrino, ele queria escutar o som mais belo: Quando surge o alviverde imponente...

Leonardo Garcia Gimenez"

                       

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