Maior campeão do século,
maior campeão nacional, uma Libertadores e, agora tricampeão da Copa do Brasil,
demonstram que o Palmeiras é um clube grande. Aliás, como disse o Zé Roberto: - O
Palmeiras não é grande, é gigante!" O trabalho sério de Paulo Nobre, presidente
da Sociedade Esportiva Palmeiras foi, com certeza, uma das causas deste
tricampeonato da Copa do Brasil. Competente e aprovado pela torcida, Nobre se
firma no cargo como um grande gestor e se torna um exemplo para os dirigentes
dos outros clubes brasileiros.
O Palmeiras não conseguiu
apresentar um bom futebol na Vila Belmiro por alguns motivos: falta de um padrão
de jogo para a equipe; necessidade de marcar bem o Santos para não sair goleado
do litoral paulista; perdeu logo cedo a válvula de escape do ataque
palmeirense(Gabriel Jesus) e também porque o Santos aproveitou os espaços, comprovadamente
pelo fato do Gabigol ter passado como se não houvesse ninguém o marcando e
bateu na saída de Fernando Prass, levando a vantagem do Peixe para São Paulo.
Ontem, a previsão era de um
grande jogo. A diferença existia, mas era pequena. Para se ter uma ideia, com a
vitória palmeirense por 2x1, os sete jogos disputados entre Palmeiras x Santos
no ano terminaram com vitórias mínimas(diferença de um gol). O confronto é
muito equilibrado. Entretanto, não vimos
isso. A verdade é que durante os 90 minutos só deu o time de Marcelo Oliveira.
Com a estratégia de pressionar inicialmente os visitantes, o Palmeiras perdeu
uma chance incrível aos 11 segundos de bola rolando. Consecutivamente, no
ataque do Santos, o lateral Victor Ferraz acertou a trave do canto esquerdo do
arqueiro Prass, e ali tivemos outro indício de que a sorte estaria com o
Palmeiras(o primeiro sinal foi o gol perdido por Nilson na Vila Belmiro). Com a
forte marcação do menino Matheus Sales em Lucas Lima, o Santos parece que não
entrou em campo. Apenas Marquinhos Gabriel conseguia segurar a bola lá na frente
por pouco tempo e depois tinha de voltar porque o Palmeiras contra-atacava. Os
primeiros 45 minutos terminaram em 0x0, para sorte do Santos.
A lesão no ombro tirou
Gabriel Jesus da decisão e Rafael Marques entrou para levantar as bolas na área
para os cabeceios de Lucas Barrios, sua principal qualidade. Marcelo organizou
o Palmeiras com Dudu e Rafael pelos lados e o paraguaio centralizado. Esta
tacada desmontou os santistas. Em uma jogada trabalhada entre Robinho e
Barrios, o meia saiu sozinho na grande área e rolou para Dudu finalizar. 1x0
Palmeiras. O Allianz Parque balançou. A pressão ficou maior. O triunfo por dois
gols de diferença daria o título a SEP. E o outro gol saiu. Aos 39’, em uma
jogada muito esquisita, a bola passou por todo mundo e foi ao encontro de Dudu,
que novamente marcou. 2x0. O Palmeiras era campeão. O sentimento de angústia
havia acabado. Estávamos todos enganados. A felicidade alviverde durou um
minutinho. Ricardo Oliveira descontou. 2x1. Pela primeira vez em toda a
história do torneio a Copa do Brasil teria sua edição decidida nas penalidades.
Marquinhos Gabriel e Gustavo Henrique erraram pelo Santos. Rafael Marques parou
em Vanderlei. Veio Fernando Prass, um ícone desta equipe que poderia se
consagrar fazendo o gol do título. E fez. Cerrou os seus olhos e enfiou um "canudo" por entre as traves. Vestindo o manto que já foi de Marcos, Prass vai
conquistando seu espaço e vai construindo mais capítulos impressionantes no
Palmeiras. Pela campanha, o Santos merecia mais. Pela final no geral, sem
dúvidas o Palmeiras. Marcelo Oliveira finalmente conquistou a taça que lhe
faltava, após 3 fracassos seguidos. A madrugada verde da capital foi realmente
longa, já que dormir não foi o pensamento do palestrino, ele queria escutar o
som mais belo: Quando surge o alviverde imponente...
Leonardo Garcia Gimenez"
Leonardo Garcia Gimenez"
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